Afonso é o nome do irmão da melhor amiga da minha irmã, por questões de conveniência, eu também me tornei a melhor amiga dele. Brincava-mos todos os dias, quando não era aos papás e às mamãs era lutas entre o action-man dele e o meu rico Ken, brigas para conquistar a bela Barbie que tinha o nome de uma "piriguete" qualquer de alguma novela brasileira. Tanta brincadeira, que na inocência, mesmo sendo eu rapariga e ele rapaz, nunca achei mal brincar com ele dentro de água enquanto ele tomava banho. Até que começamos a crescer e a coisa claramente começou a ficar estranha, eu até podia não ser muito curiosa, mas não era o caso do Afonso.
Perto das férias de verão, a Câmara do meu concelho decidiu distribuir a todas as crianças que estudavam no 1º ciclo, uma toalha de praia, acompanhada por um chapéu e umas raquetes de praia. Como de habitual, já era de noite, a minha estava irmã trancada no quarto com a irmã dele na fofoquice e eu sozinha com ele na sala a ver o Dartacão. Já tinha 9 anos, foi a altura em que apesar de teimar em não usar soutien, já tinha algum peito e numa distracção o Afonso chega-se perto e mim e apalpa-me as mamas. Ora o azar dele foi eu ter uma das raquetes na mão e ter reagido rápido de mais.
Lá foi o Afonso a correr, fazer queixinhas à mãe, que lhe tinha batido. Foi assim que ele levou com uma raquete nos cornos, mas foi também, como eu fiquei de castigo pela milésima vez.